
Então foi assim que Valeska passou a saber quem realmente era.
Porque o sangue esquentou-lhe a face quando Roberto lhe disse um "não dá mais".
A questão não era não mais vê-lo.
Não. Não era isso, não.
E ainda nem bem pensara se de verdade o amara.
A situação era a dispensa. A cara dura na sua frente, sorrindo qual descarado, desdenhando o que outrora quisera ao lado.
E isso Valeska não aceitava.
Dissolver a relação, pulverizar a paixão.
Como se nada tivessem vivido.
Como se estranhos passassem a ser.
Como se fossem esquecer.
Agarrou-se à emoção. Depois à sua mão.
Tentou reatar os nós.
Buscou Roberto em qualquer passado mais perto.
Não!
Fechou a porta e deu lugar à estrada.
Roberto já não era mais. Valeska queria demais.
Eram desiguais.
Zorieuq De.
22.V.2008
"Fragilidade, teu nome é mulher!"