Ivete ou ( Apologia à insensatez)

terça-feira, 12 de agosto de 2008



Ocorre que nem tudo era como Ivete sonhava.
Porque contos-de-fadas e coisas-desse-tipo só faziam parte das páginas daquele livro.
Se bem que se se parasse pra refletir, não era bem por isso que Ivete suspirava.
Não era amor cego que ela procurava.
Não.
Era menos do que isso - quero dizer - se houvesse medida.
Era loucura.
Sei lá, qualquer sentimento insano, desvairado, tresloucado.
Algo fora de lugar.
Que não pertencesse, embora se tivesse.
Alguma risada gostosa e barulhenta.
Qualquer desperdício de tempo que não se fizesse questão.
Era. Era por uma coisa dessas que Ivete sentia o coração sair do eixo.
Desleixo.
Era engraçado procurar o que os outros pensam ser frívolo ou ineficaz.
Porque amar o insensato era mesmo um barato.
embora saísse caro no final.

Zorieuq De.
12.VIII.2008

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