Defesa

segunda-feira, 1 de setembro de 2008




defesa

o teu sorriso - sem graça e patético - deixava-me com a cor das bochechas vermelhas.
não sei o porquê.
o teu olhar - safado e covarde - circulava minh'alma como quem a invade.
na conquista daquilo que se quer possuir, deletei-me a colecionar sinais.
mas, perdi-me na contramão.
achei complicado voltar sem tua mão.
sentei-me no chão.
agora já não cabe mais a razão.
acabou-se a ilusão.
pois, o medo que me indicava sempre a saída, vadia comigo no salão do meu enredo.
não.
não se afobe.
também não volte.
é.
não volte mais.
aprendi com o vento a passar leve e ligeira pelas passagens sombrias e me deixar ilesa.
é.
dê o nome que quiser.
eu chamo de "defesa".



Zorieuq De.
01.IX.2008

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